Que Abril fervilhe ainda em nossos corações
Cheia de cravos vermelhos e doces emoções
Dando ao povo esperanças redobradas.
É um dia de sol e duma luz que inebria
Percorrendo as ruas e o povo em cada dia
Fustigando d´amor multicores, encarnadas…
Vivendo actualmente "a guerra pandémica" do Covid 19 e toda a problemática relacionada com os nefastos reflexos do coronavírus, que assolou e assola todo o mundo, que já nos levou cerca de 7.000 cidadãos nacionais, é na esperança da vacinação massiva, que está em curso, um pouco por todo o mundo, onde todos nos agarramos, aspirando à reconquista de uma Liberdade, que só na madrugada libertadora do dia 25 de Abril de 1974, encontra inspiração e motivação...
47 anos passados, (parece-nos que foi ontem!..), temos um país amedrontado, meio inerte, empobrecido, duvidoso e incerto na retoma ansiada.
Na Assembleia da República, saliento, porque fugiu à vulgaridade discursiva, o excelente discurso proferido por Sua Excelência o Presidente da República, Prof. Marcelo Rebelo de Sousa, que deixando a luta partidária para os Partidos ali representados, se debruçou, com a qualidade e sapiência que o distinguem, sobre uma abordagem histórica do colonialismo, das nefastas consequências e traumas profundos, causados por uma guerra injusta, anacrónica, indesejável, que ceifou a vida a milhares de portugueses e africanos.
Porém, com o distanciamento possível, que só o passar dos anos aconselha maior prudência, na condenação de actos de selvajaria pura, de ambos os lados, de condicionamento de liberdades entre povos, de atitudes racistas e xenófobas, de ambas as partes, será conseguida a imparcialidade e o distanciamento avaliador da culpabilidade dos militares e civis "empurrados" para uma guerra indesejável.
Não deixou de dizer ser filho de um antigo Governador de Moçambique, (Baltazar Rebelo de Sousa), que às ordens do Estado Novo, foi compelido e enviado para uma missão que o seu país lhe impôs, seguindo ele, na Assembleia da República, anterior ao 25 de Abril e na Constituinte de 1976, outra posição mais consentânea com as novas realidades, o que aplaudo e reconheço.
Porém, com o distanciamento possível, que só o passar dos anos aconselha maior prudência, na condenação de actos de selvajaria pura, de ambos os lados, de condicionamento de liberdades entre povos, de atitudes racistas e xenófobas, de ambas as partes, será conseguida a imparcialidade e o distanciamento avaliador da culpabilidade dos militares e civis "empurrados" para uma guerra indesejável.
Não deixou de dizer ser filho de um antigo Governador de Moçambique, (Baltazar Rebelo de Sousa), que às ordens do Estado Novo, foi compelido e enviado para uma missão que o seu país lhe impôs, seguindo ele, na Assembleia da República, anterior ao 25 de Abril e na Constituinte de 1976, outra posição mais consentânea com as novas realidades, o que aplaudo e reconheço.
O tempo, o distanciamento, fará justiça, tanto àqueles que se viram "forçados" a embarcar para as ex-Colónias, como os que foram mobilizados pelas suas chefias militares a seguir o mesmo rumo e também àqueles, que por medo ou por opção política, desertaram e se exilaram noutros países.
Assim como, jamais deverão ser esquecidos, os portugueses que, por razões políticas, de serem contra a guerra, foram presos e torturados, alguns até à morte, nas cadeias do Regime caduco e bafiento de Salazar e Caetano.
Assim como, jamais deverão ser esquecidos, os portugueses que, por razões políticas, de serem contra a guerra, foram presos e torturados, alguns até à morte, nas cadeias do Regime caduco e bafiento de Salazar e Caetano.
A todos, o país deve estar grato. Aos países lusófonos que ocupámos, colonizando-os, hoje, devemos respeitar a sua independência, ajudá-los, dar-lhes apoio, se o desejarem. São nossos irmãos de sangue, independentemente da cor da sua pele, da religião que professam, da riqueza ou pobreza de suas terras.
O 25 de Abril trouxe-nos isso! A capacidade de pensar, de falar, de respeitar a liberdade dos outros.
Felizmente, como representante maior do Estado português, temos um Homem simples, culto, afectuoso, íntegro, apoiado por uma esmagadora maioria do povo português.
Felizmente, como representante maior do Estado português, temos um Homem simples, culto, afectuoso, íntegro, apoiado por uma esmagadora maioria do povo português.
Que assim siga o seu trajecto.
O país que é o seu e é o nosso, agradece.
O país que é o seu e é o nosso, agradece.
25 de Abril de 2021
(J. Aleixo)
(J. Aleixo)
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