Ser Jogral

"Ser Jogral é gostar / Duma forma predileta / De ler alto ou declamar / Versos de qualquer poeta !"


30 abril 2021

UM ALMOCREVE DE SEMPRE



Entraremos à meia noite do dia 1 de Maio, Dia do Trabalhador e dos Maios / Maias em Estoi, véspera da nossa tradicional e imperdível Festa da Pinha (2 de Maio), em “Estado de Calamidade”, por via da terrível pandemia Covid 19, que cerceou a vida a cerca de 7.000 portugueses, nossos irmãos, desta família secular que é a nossa. Paz às suas almas.

Os condicionalismos e as regras de proximidade, não nos permitem ainda ir à Pinha, como tanto gostaríamos de o fazer.
 
Serão dois terríveis anos de ausência forçada, que nos foi superiormente imposta pelas Autoridades de Saúde e Governo. 

Respeitámos, a esmagadora maioria essas restrições e felizmente a situação melhorou e a vacinação avança imparável, até todos estarmos protegidos e imunizados, pelo menos 70% nos finais do verão.

Aqui e ali, “almocreves” mais irrequietos e inconformados, festejam, à sua maneira, a Festa da Pinha. 

É a força da tradição que lhes vai na alma! 

Porém, deixo o meu apelo a todos os muitos companheiros “almocreves”.       

Cuidado, muito cuidado! A pandemia, o vírus, invisível e atento à menor distração não morreu, não fugiu, ainda por aí anda!.. Tenhamos algum cuidado! 

Vestiremos a nossa indumentária “almocreve” no Domingo (2 de Maio) – Dia da Festa da Pinha. Visitaremos os Maios / Maias da aldeia e Freguesia, (com máscara devidamente colocada);

 Passearemos no cavalo que ansioso se encontra de regressar à estrada, a Ludo, à Festa, levaremos a “charrete” ou a carroça a dar uma passeata por Estoi e arredores, com a esposa, companheira, namorada, o(s) filho(s), em segurança. 

Almoçaremos já com as novas directrizes, com 6 pessoas no interior dos nossos Restaurantes e no máximo 10 nas esplanadas, ou, iremos comer caracóis nas Casas da especialidade, para também ajudar o negócio tão empobrecido ficou. 

Colocaremos as quadras, os versos ou os poemas da nossa criatividade ou de amigos que as fizeram, nos Maios / Maias, nos Restaurantes e Cafés, para que todos as vejam e leiam. 

Colocaremos o som vibrante nas viaturas com os dois Hinos da Festa da Pinha. Um do “almocreve” Zé Correia e outro do Fernando Inês, dando ao povo a animação possível, mas sempre, sempre, respeitando as regras habituais.

Depositemos um pouco de alecrim, simbolicamente, frente à Padroeira, Nossa Senhora do Pé da Cruz, no Dia da Mãe, das nossas mães e rezemos na Capela, por ocasião da Missa que ali será celebrada, no dia 3 de Maio, por alma das vítimas desta guerra terrível que nos assolou, imparável e cruel.

É diferente! Não será nunca como foi antes, mas é o possível sinal da retoma da normalidade perdida.

VIVA A PINHA! 
Vivam os nossos antepassados “almocreves”. 
Viva Estoi, nossa aldeia.
Um “almocreve” de sempre…
J. Aleixo

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